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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O uso do computador

A Fundação Victor Civita apresentou hoje a pesquisa sobre “O uso do computador e da internet na escolas pública das capitais brasileiras”.
O objetivo, além do mapeamento, foi investigar as modalidades de uso do computador e da internet em situações educacionais do Ensino Fundamental e Médio.
Ao todo foram pesquisadas 400 escolas nas principais capitais.
Confira alguns resultados:
Os programas mais utilizados pelos professores com seus alunos são os menos complexos:
50% – Editor de texto
44% – Sites e programas de visualização de mapas
43% – Editor de apresentação
13% – WebQuest
12% – Software de programação
7% – Software de modelagem em 3D
Os programas mais utilizados pelos professores sozinhos também são os menos complexos:
74% – Editor de texto
62% – Editor de apresentação
62% – Sites e programas de visualização de mapas
22% – WebQuest
21% – Software de programação
10% – Software de modelagem em 3D
Veja mais resultados acessando o blog Todos pela Educação( http://www.euvocetodospelaeducacao.org.br/)
Lá você também pode baixar o relatório completo.
E sua escola se enquadra nestes resultados?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pelo Celular...lá na escola!




Mobilidade e convergências nos projetos pedagógicos




Claudemir Edson Viana*
Sônia Bertocchi**




Os "mais vividos", com certeza, devem se lembrar do samba "Pelo Telefone", autoria de Donga, de 1916. E do verso que diz que "o chefe da polícia, pelo telefone, mandou avisar...". Unanimemente, entendemos que avisou via fala, serviço de comunicação verbal próprio desta tecnologia. Parece muito óbvio para nós – mas lembremos o espanto geral que a invenção do telefone causou poucos anos antes: D. Pedro II, ao ver o invento pela primeira vez, durante a feira de Filadélfia nos Estados Unidos em 1876, disse : "Meu Deus, isto fala!", e logo comprou 100 aparelhos telefônicos para trazer ao Brasil.

Mas, 133 anos depois, falar por meio do celular é apenas uma das ações que esta tecnologia nos permite fazer. Aliás, é a mais simples e corriqueira atividade: falar pelo celular é o que faz aproximadamente 86% da população brasileira possuidora de celular. Com um custo cada vez menor e tecnologias mais avançadas, encontramos celulares que permitem muito mais que simplesmente falar. Em agosto de 2009, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), atingiu-se o impressionante número de 164,5 milhões de celulares no país, o que representa um índice de densidade de 85,91 celulares para cada 100 habitantes.


Nova sociabilidade: a portabilidade



O histórico da evolução material da telefonia, aponta uma nova sociabilidade que emergiu sob o suporte do aspecto portátil do celular. A partir da história do telefone, podemos vislumbrar, sob a perspectiva da materialidade da comunicação, as afetações que um artefato técnico pode trazer à tona em uma determinada cultura, como a da presença significativa do celular na contemporaneidade.

Hoje, pelo celular se pode também escrever, fotografar, filmar, editar, jogar, navegar na Internet, enviar e-mail, torpedos, ouvir música ou rádio. São tantas as possibilidades impensáveis há alguns anos, que podemos imaginar o que diria D. Pedro II se pudesse conferir esta evolução. Este avanço tecnológico da telefonia é mais um exemplo claro do que pensadores da Escola de Toronto (Harold Innis, Eric Havelock, Marshall McLuhan) destacavam sobre o fato das tecnologias comunicacionais possuírem o poder de transformar as culturas e as subjetividades, e de estas, por sua vez, provocarem novos ciclos de mudanças tecnológicas, numa dialética sem fim.

Conforme a 4ª Pesquisa sobre o uso das Tecnologias da Informação no Brasil (TIC Domicílios 2008), realizada pela Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), cada vez mais no Brasil utiliza-se o celular para enviar ou receber imagens, acessar músicas ou vídeos. Esta pesquisa anual pela primeira vez incluiu a análise da área rural e mostrou que, mesmo com a maioria da população utilizando os planos pré-pagos (91%), de 2005 a 2008 subiu de 4% para 24% a utilização do celular com o envio ou recebimento de imagens, e de 9% para 23% com o uso de músicas e vídeos, tendo ocorrido um crescimento mais significativo nos dois últimos anos em razão das conexões 3G e da presença no mercado de celulares mais potentes. Isto demonstra como o uso mais multimídia do celular vem ocorrendo entre os brasileiros graças à sua evolução técnica.

Em outra pesquisa também se constata a forte presença dos celulares entre estudantes brasileiros: dados da publicação A Geração Interativa na Ibero–América: crianças e adolescentes diante das telas - um estudo feito em parceria entre a Universidade de Navarra, na Espanha, a Fundação Telefônica e o EducaRede - apontam para o sucesso do aparelho celular entre os jovens de 6 a 18 anos de idade. Em São Paulo, nada menos que 82% dos estudantes que participaram da pesquisa afirmaram possuir um telefone móvel.

Em alguns contextos sociais, usam-se os aparelhos móveis para outras finalidades que, de normalmente secundárias passam a principais, como câmera, tocador digital ou videogame portátil. Exemplos internacionais deste tipo de uso alternativo são o que demonstram os dados de uma pesquisa feita pela Lightspeed.

No Brasil, um exemplo dessa situação é o que ocorre na cidade potiguar de Barcelona. E são os jovens e as crianças que dão show quando o negócio é usar todos os recursos do celular ou quando mostram não terem medo de explorar o celular para aprender como utilizá-lo. E aí está a diferença. Muitos dos adultos, e em especial os educadores, não conhecem ou não usam estes recursos todos e muito menos visualizam como eles e a cultura deles decorrente podem ser associados às práticas escolares.


Atenção: desligar e guardar os celulares. Celular na escola? Pode?
 
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